Análise – Bayonetta 2 [Switch]

Bayonetta 2 foi um passo em frente na série, quando foi lançado originalmente em 2014 foi um dos jogos que me levou a adquirir uma Wii U e não me arrependi, sendo um dos meus jogos favoritos nessa plataforma. Agora com a Switch e o factor da portabilidade assim como o grande número de vendas da nova consola da Nintendo, era uma questão de tempo até que este fosse lançado para esta plataforma. Mas a pergunta que se impõe é: Cumpre com as expectativas?

Vamos começar pelo factor diferenciador, a portabilidade. Tal como o primeiro Bayonetta, Bayonetta 2 aguenta-se muito bem em modo portátil, 60 fps numa resolução de 720p que no ecrã da Switch assentam que nem uma luva e é uma experiência excelente. Bayonetta 2 é um jogo de acção e mesmo numa portátil nada me impediu de metralhar os botões conforme a necessidade pelo que é bastante confortável. Quando passamos para o modo TV existe claramente o problema da resolução se manter nos 720p e hoje em dia diria que praticamente todos nós temos pelo menos uma televisão com a definição 1080p pelo que mais uma vez vamos ver serrilhados e alguns problemas de definição mas estes estão muito mais atenuados do que no primeiro jogo. No geral é uma experiência melhor do que o primeiro apesar de não ser o ideal.

Uma adição a esta versão de Bayonetta 2 para a Switch é a compatibilidade com amiibo. Quando visitam a loja de Bayonetta 2 no The Gates of Hell, vão encontrar um novo separador que diz amiibo. Podem utilizar até 32 amiibo por dia e as recompensas vão subindo conforme o número de amiibo utilizados. Alguns amiibo específicos desbloqueiam imediatamente alguns fatos extra, outros dão Halos (moeda do jogo não confundir com o videojogo) e alguns items. Dependendo da série do amiibo ou seja se pertencem à franquia Smash Brothers, Legend of Zelda etc. existe um texto a acompanhar as recompensas que é bastante engraçado e recomendo que experimentem um amiibo de Animal Crossing, é a descrição mais engraçada e acertada que eu já vi.

Uma outra alteração diz respeito ao modo cooperativo que anteriormente era exclusivamente online e agora podem jogar o Tag Climax localmente. É um modo de jogo relativamente simples que pode ser equiparado a um Horde Mode com desafios específicos, nada de novo mas entretém. Uma das minhas queixas para com o 1º jogo era a punição exagerada pelas mortes derivadas dos QTE, em Bayonetta 2 esse problema foi atenuado e mesmo em sequências de acção contínua quando falhamos normalmente a punição é muito menor.

Para quem nunca jogou Bayonetta 2, recomendo que joguem o primeiro antes de se aventurarem nesta jornada até Fimbulventr pois em termos de história e personagens o jogo assume desde logo que sabemos com quem estamos a lidar. A história começa de forma relativamente simples e com um objectivo concreto mas a pouco e pouco vai evoluindo para algo bastante complexo e se não prestarem atenção, não vão perceber metade do que se está a passar. Ainda assim e como alguém que já passou várias vezes o jogo, posso garantir que é uma jornada que vale bem a pena para quem estiver investido em todo o universo de Bayonetta.

Tal como no original, existe constantemente um contraste entre a seriedade das situações e os momentos cómicos que transformam toda a narrativa em algo espectacular e que entretém. Na minha opinião a Platinum Games até se sentiu mais à vontade na sequela, pois as piadas estão ainda mais presentes e algumas até se dão ao luxo de fazer menção a eventos do primeiro jogo sem nunca comprometer o conhecimento do jogador para com a primeira aventura, apesar de eu recomendar que joguem o primeiro Bayonetta antes deste.

No que ao combate diz respeito, Bayonetta 2 está muito mais refinado, nota-se uma melhoria considerável quer em termos de combos quer nos timings das acções. No entanto os inimigos também estão mais perspicazes e têm um maior leque de movimentos e existe também uma maior variedade. Tal como no primeiro jogo, a caminhada não é fácil e será completamente normal chegarem ao fim do jogo ainda com imensas melhorias por realizar, pelo que podem voltar a repetir os vários capítulos em diferentes dificuldades e tentar obter melhores pontuações enquanto coleccionam Halos e os itens que vos escaparam.

Bayonetta 2 está recheado de momentos épicos, diria que até tem mais momentos memoráveis do que o primeiro jogo, e a própria banda sonora também sofreu uma evolução positiva. Os momentos altos do jogo nem sempre são as Boss Fights existem vários momentos espalhados pelo jogo onde vemos cenários a serem modificados pelos acontecimentos e somos constantemente surpreendidos pelos acontecimentos, num minuto estamos no paraíso no minuto a seguir estamos no inferno.

Ao contrário do primeiro jogo, Bayonetta 2 é um jogo cheio de cor. Os cenários são mais abertos à exploração e contêm segredos e desafios bem escondidos que só os mais audazes irão encontrar. No geral é uma sequela bem idealizada e executada, oferecendo mais variedade em tudo e ainda refinou o combate que já era muito bom. Bayonetta 2 é sem sombra de dúvidas um dos meus jogos favoritos e um título obrigatório para os amantes de jogos de acção. Dado que este é essencialmente o mesmo jogo que tínhamos na Wii U com algumas ligeiras modificações só valerá a pena para os que quiserem jogar em qualquer lado ou para quem ainda não tenha jogado, e se for esse o caso Bayonetta 2 é um jogo mais do que recomendado para a vossa Nintendo Switch.

Positivo

  • Portabilidade
  • Combate refinado
  • Sequências épicas e memoráveis em abundância
  • Mistura entre a seriedade dos eventos e o humor é perfeita
  • Existe uma boa variedade de âmbientes
  • Boa longevidade
  • História

Negativo

  • O aspecto no modo TV não mostra grande definição

Alexandre Barbosa
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