Análise – Alphadia

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Um RPG à antiga, uma época onde apresentavam desafios e tinham algo que cativavam os jogadores. Não há nada que possa dar de errado, certo? Certo?

Enquanto eu procurava pela resposta a esta pergunta, com a ideia de que era um remaster qualquer de um jogo antigo, descobri que afinal é um port de mobile, e aí está a resposta. Não é que tenha nada contra mobile, mas poucos são os jogos que tiveram origem em mobile e sofreram port para outra plataforma que tiveram sucesso.

Para começar, a história. Uma princesa a fugir de um imperador, acaba por ser encontrada por um rapaz de uma aldeia um pouco isolada, e ambos acabam por viajar pelo reino onde no final têm de impedir um mal maior. O habitual dos “jogos antigos“.

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A início está tudo normal, ou pelo menos assim pensava. Logo nos primeiros minutos levo com um “boss” que limpa o chão comigo, a minha impressão foi de o jogo ter talvez  uma dificuldade à Dark Souls, mas logo me enganei.

Os inimigos são bastantes fáceis, de imediato encontrei-me a derrotar os inimigos apenas com 2 ou 3 ataques, perguntando-me se tinha feito algo de errado, uma vez que nem fiz grinding e apenas andava a seguir a história. Novamente me questionei se o “boss” inicial era uma exceção ou parecido, até estava a comentar o mesmo com o Alexandre Barbosa quando obtive a minha resposta. Os inimigos são completamente fáceis, e apenas quando somos obrigados a perder para a história avançar é que encontramos um “boss” que oferece 9999 de dano.

E tendo em conta que os random encounters têm imensa frequência, rapidamente se torna chato. Mas vamos falar das mecânicas de combate. Estas são o mesmo como todos os RPGs de sempre, atacar, defender, usar magia (conhecida como energi no mundo do jogo). E um botão de ataque automático.

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Já que em Digimon Story: Cyber Sleuth a AI era inteligente no modo automático, decidi experimentar em Alphadia e ver o resultado. Não posso dizer se a AI é esperta ou não, porque eles apenas usam o comando de atacar, ou seja, ataque normal. Mas tendo em conta que os inimigos são bastante fracos talvez a AI nem queira dar-se ao trabalho de gastar MP.

Devido a isso nada mais usei a não ser o modo automático durante todas as batalhas, e nunca enfrentei o perigo de ficar sem vida, ou a necessidade de usar itens para recuperar a vida, itens estes que nem cheguei a comprar, visto não serem mesmo necessários.

Embora apenas quatro personagens podem estar em batalha, todas ganham experiência, com as reservas apenas a receber 70%. No entanto, existe skill points que apenas quem esteve em combate é que recebe, algo importante caso queiram novas magias, uma vez que cada membro tem um elemento específico. Mas tendo em conta o que disse anteriormente, essa diversidade de personagens torna-se desnecessária.

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Um outro ponto negativo ao redor das mecânicas do jogo, e que acho por bem referir, tendo em conta a plataforma original deste jogo, é de o ecrã táctil não servir para nada. De cada vez que início o jogo involuntariamente retiro o estilete (ou como lhe quiserem chamar) só para me lembrar que tantos os menus como os comandos em combate, que estão no ecrã inferior, não tem uma opção táctil. Como disse, normalmente não faço caso a isto, mas já que o jogo veio de uma plataforma que consiste apenas de comandos touch, não percebo o porquê de os mesmos não existirem neste port.

Os visuais são pelo menos uma das poucas coisas o qual posso dizer bem do jogo, consegue captar os estilo “retro“, mas com gráficos limpos e sem necessitar de pixels para dar o ar de RPG antigo. A banda sonora por outro lado não é muito forte, e repete-se em demasia.

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As personagens não são muito carismáticas, e a história não tem o suficiente para cativar o jogador, possuindo alguns momentos onde algo acontece só porque sim e as explicações dadas são fracas, bem como os “plot twists“.

Tal como todos os RPGs à antiga, podem usufruir de um mapa mundo, barco e até de uma forma aérea como transporte. E também, claro, existem side quests que podem concluir. Mas a motivação para o fazer não grande.

Alphadia pode talvez resultar como jogo mobile, onde apenas se joga aos poucos, mas em consolas que estão desenhadas para suportar jogos de longa duração, Alphadia torna-se rapidamente entediante.

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Positivo:

  • Boa representação de RPGs antigos

Negativo:

  • Mecânica de combate
  • Personagens sem carisma
  • História desinteressante
  • Banda sonora fraca e repetitiva

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Mathias Marques
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